quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Alice & Guilherme - cap 7

O meu pai morreu. Não foi só meu pai. Meu herói. Ele levou a maior parte de mim. E deixou esse espaço vazio... Que nunca será preenchido novamente.
 Chegamos a nossa casa, Anne abriu a porta e eu entrei. Minha mãe estava no sofá chorando. Corri e abracei-a. Nós duas choramos ali e Anne chegou depois de arrumar as roupas.
 Ficamos nós três ali, por muito tempo. Depois minha mãe se levantou.
 -Vão tomar banho meninas. Eu vou preparar alguma coisa para comermos. – disse minha mãe.
 Eu e Anne nos levantamos. Fui para meu banheiro e Anne para o dela. Vesti meu vestido preto com a saia um pouco rodada. Uma sandália de salto preta e um lenço branco no pescoço. Fiz uma trança de lado e uma maquiagem com lápis bem forte e sombra preta esfumaçada. Brilho labial para não ficar muito carregado. Tudo a prova d’água claro. Peguei uma bolsa-carteira e um lenço para enxugar as lágrimas. Coloquei o brilho labial lá. Tirei o lenço que estava no meu pescoço e escrevi de caneta, bem pequeno assim: Eu te amo pai. Anne, Alice e Fernanda ♥
 Fernanda é minha mãe.
 Anne estava com uma blusa branca tomara que caia saia alta preta, meia-calça preta grossa, bota preta, cabelo solto e maquiagem parecida com a minha.
 Fomos para a cozinha, minha mãe tinha deixado um sanduíche e um copo de Nescau para cada uma. Eu bebi apenas o Nescau, não estava com fome. A campainha tocou como Anne estava comendo e minha mãe no banho eu atendi. Era Guilherme, Gabriella, Luisa e Gustavo. Tínhamos esquecido Gustavo na escolinha!
 -O que aconteceu? – perguntou Gabriella.
 -Entrem. Meu pai... Ele... Morreu. – eu disse pegando Gustavo no colo.
 -Papai moleu? – perguntou Gustavo.
 -Sim, amor. Ele virou um anjinho, que vai cuidar da gente. – eu disse acariciando o cabelo dele. Ele deitou a cabeça no meu ombro, mais na chorou. Ele era muito pequeno para entender.
 -Sinto muito. – disseram Guilherme e Gabriella.
 -Todos nós sentimos. – resmungou Anne.
 -Oi gente. Penso que não é uma boa hora. Alice, a Joana vai cuidar do Gustavo pra gente. – disse minha mãe.
 -Ok. – respondi.
 -Eu quero iiiiiiiiiiiir. – resmungou Gustavo.
 -Não dá amor. Vai ser lá no XXXXXXXXX. Se quiserem ir, chamem seus pais também, sei que gostavam muito do Gabriel.  – convidou minha mãe, como se fosse uma festinha.

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