domingo, 9 de outubro de 2011

Alice&Guilharme - cap. 8

 -Vamos trocar de roupa e avisar Isabella e Carlos.  – disse Guilherme. Foram embora e deixaram Luisa aqui pra ficar com Gustavo.
 Fomos para o velório. Ver meu pai lá naquele caixão aberto foi horrível. Quando todo mundo foi para o enterro peguei meu lenço, dobrei e coloquei no bolso de fora do terno do meu pai com as palavras a vista. Chorei. Guilherme, que não me deixou um momento, me apertou forte contra ele. Abracei-o, coloquei minha cabeça no ombro dele e chorei. Segurei o choro durante todo o velório agora eu precisava chorar. Com ele eu me sentia segura para chorar.
 -Alice. Eu não vou para o enterro, não. Quer ir pra casa comigo? – perguntou Anne, chorando.
 -Claro. Guilherme pode vir? – perguntei.
 -Não sei se sua mãe vai gostar. – respondeu em dúvida.
 -Anne, fala com ela para mim? – pedi.
 -Ok. Espera lá fora. – concordou.
 Guilherme passou o braço pelo meu ombro, dobrei meu braço para darmos as mãos. Fomos para fora.
 -Você tem a chave da sua casa, aí? – perguntou Anne.
 -Tenho sim, por quê? – perguntou Guilherme, confuso.
 -Sua mãe falou para você pegar uma roupa pra você dormir lá em casa. – disse Anne.
 -Ah, ok. – disse Ele.
 Pelo menos isso de bom hoje.

 Troquei de roupa e fui para a cozinha, comi um sanduíche, fui ao meu quarto e liguei o notebook e coloquei a música “Não era pra ser – Luan Santana” e coloquei o fone porque Anne e Guilherme ainda estavam dormindo.
 De repente eu levei um susto, Guilherme me abraçou por traz e eu pulei.
 -AI! Você me assustou seu bobo! – reclamei tirando os fones e beijando-o.
 -Desculpa amor. Melhorou? – perguntou.
 -Ah. A saudade dói, não é? Mais com você, Anne, Gustavo, Luisa, Gabriella e minha mãe, eu vou superar. –respondi. Sem querer chorar. E não vou chorar.
 -Você vai conseguir. – incentivou.
 Levantei da cadeira, e beijei-o.
 -Anne, já acordou? – perguntei.
 -Não sei. – respondeu.
 -Já acordei sim. – disse Anne na porta, bocejando.
 -Bom dia. Está melhor irmã? – perguntei.
 -Levando. Mais você era mais ligada a ele. Você está bem? – perguntou ela preocupada.
 -Eu vou superar. – respondi.

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