-Oi. – disse.
Ele sorriu, tirou o fone e desligou a música.
-Oi gatinha. Está linda hoje, hein? – disse ele e me deu um selinho.
-Valeu. Essa é a Bia. Vamos, vou te mostrar onde é sua sala. – convidei.
-Er... Oi Bia. Claro, vamos. – disse ele.
-Oi. Er... Eu vou... Preciso ir. – disse Bia, e fiquei feliz dela ter ido.
Peguei na mão de Guilherme, a sala dele é no 2º andar de frente para a minha. Subimos, ele entrou na sala e eu fiquei na porta. Todos da sala o olharam de cima abaixo. Quando ele saiu, me puxou para ele na porta da sala, colocou a mão na minha bochecha, como no nosso primeiro beijo, e me beijou. Um beijo longo e quente, e foi para a sala dele e quem mais quisesse ver o que estava acontecendo entre agente. É claro que eu amei aquilo.
Olhei para ele confusa.
-É para saberem que sou seu. Alice. Acho que é muito cedo mais... Quer namorar comigo?
Me calei. Fiquei encarando aqueles olhinhos azuis brilhando. Assenti e ele sorriu como uma criança com um passe livre pra comprar o que QUIZER numa loja de doces. Abracei-o forte e ele me levantou um pouco.
-Obrigado. – disse ele.
-Pelo que? – perguntei.
-Por aceitar. Por ter o melhor beijo. Por fazer meu coração disparar com seus sorrisos. Por ser minha primeira namorada. – disse ele. E eu sorri. – Um dia meu coração não vai agüentar mais. – disse ele brincando. Comecei a rir. Lentamente ele foi chegando perto, meu riso foi abafado pelo beijo dele. Aquele momento lindo, perfeito, foi interrompido pelo sinal. Que raiva.
-Tenho que ir. – resmunguei.
-Eu também. – resmungou. Deu-me um selinho e entrou na sala. Segui pelo corredor de cabeça baixa sorrindo. Parecia que eu tinha acabado de sair de um conto de fadas.
-Bom dia Alice. – disse alguém. Cumprimentei, depois vi que era George, professor de matemática do Guilherme.
Cheguei à sala, junto com a professora Verônica, de português.
-Alice. Quem é? – perguntou. Nós éramos ‘amigas’. Eu contava tudo pra ela.
-Irmão mais novo da Gabriella, do 2º ano. E meu novo namorado. – respondi, sorri, entrei na sala e me sentei na minha carteira de sempre.
A aula passou devagar, mais foi legal.
Chegou o recreio. Vi Guilherme rodeado de garotas. Deixei. Ele estava com uma cara de: tira-me daqui! Ele me viu e sorriu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário